A riqueza do anonimato
Desde o início dos tempos
na observação etnológica e histórica
mantenho um misto
de imponentes vazios
na intensidade e durabilidade.
No olhar antropológico,
como eternidades que cristaliza-se
e, há quem não vê as perspectivas
outras, sejas sociais, políticas
sensíveis, profundas mudanças
que necessitam ser consolidadas.
Mas há que nasce
cresce e transforma-se
em peças pronta pra ser
manipuladas
desgraçadamente até a morte,
sem no entanto perceber
a confiança inabalada
desta burguesia desgraçada
que explora, explora e explora
até arrancar o couro, o suor, o sangue
desta pobre classe proletária.
E, assim enriquece e esquece
que toda a riqueza que enobrece
contou com o trabalho do operário.
Do anônimo operário.
Manoel Messias Pereira
poeta
Membro da Academia de Letras do Brasil - ALB
São José do Rio Preto - SP - Brasil
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