quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Fatos Históricos importantes do dia 5 de fevereiro

Fatos históricos importante do Dia 5 de fevereiro




Em 1580 a Cristandade no Japão contava já com 200 mil convertidos. Número espantoso, menos de quarenta anos volvidos da passagem de S. Francisco Xavier pelo Império do Sol Nascente. Xavier por aqui andara entre 1549 e 1551, lançando as sementes da missionação no País do Trono dos Crisântemos. Apesar das resistências dos monges budistas, de alguns sacerdotes das religiões tradicionais japonesas, de alguns potentados, os cristãos nipónicos não pararam de crescer na segunda metade do século XVI.A Companhia de Jesus, a partir de Macau e do Padroado Português do Oriente, como os Franciscanos hispano-filipinos do Patronato de Manila (em conexão com o México espanhol), eram os principais agentes missionários no território. A missionação tinha como maior foco, no início principalmente, Nagasaki. Sim, a mesma cidade onde seriam martirizados 37 mil seres humanos em 1945, vítimas da segunda bomba atômica lançada pelos americanos, para vergar os irredutíveis japoneses.
Mas cerca de três séculos e meio antes, Nagasaki foi palco de violência também, de perseguição, de atrocidades. Pareciam os tempos dos mártires dos primeiros séculos do Cristianismo. Mas eram tempos de mártires, como todos os vinte séculos da fé cristã o tem demonstrado. O sacrifício, o sofrimento, a abnegação, o estoicismo e o humanismo têm sido vias para a santidade. Como naquele dia frio de Fevereiro, 5, do ano da Graça de 1597. Quatro espanhóis, um mexicano, um indiano, todos Franciscanos, missionários, três Jesuítas japoneses e dezassete compatriotas seus, leigos, entre os quais três rapazinhos, todos da ordem Terceira da Penitência de S. Francisco, ao todo portanto, 26 homens, foram executados ali, na mesma cidade mártir da era nuclear. Os 26 Mártires do Japão, em 1597, depois de tantos suplícios, foram executados como aqu’Ele a quem imitavam, crucificados. Com cruzes e pregos, sim, como Ele. Ali, num monte sobranceiro à cidade, para todos verem e zombarem. Ou glorificarem, mas em silêncio. Porque o grande carrasco, o mandante, o daimyō Hideyoshi Toyotomi (1536-1598), regente imperial, não queria nem permitia mais cristãos no Grande Império do Japão.
Até 1638, quando o Japão se fechou ao Ocidente, a Igreja Católica, apesar das intolerâncias e perseguições, dos martírios, não parou de crescer. Nagasaki continuou a ser palco de martírios. Em 1632, a 10 de Setembro, outros convertidos seriam supliciados, 55 desta vez. Depois cairia o longo inverno da Cristandade nipónica, “fora da lei”, sem clérigos, sem ligação ao exterior, à total mercê de desmandos e perseguições (édito de 1635, o Sakkoku, de proibição da fé cristã). Condenada. Ou não… Curiosamente, quando na década de 60 do séc. XIX chegaram os primeiros missionários ao Japão, depois de 1637-38, no princípio, parece-lhe que o Japão era um “deserto” de cristãos. Nem um sinal. Todavia, passados alguns tempos, eis que surgiram japoneses católicos, principalmente em torno de Nagasaki, encriptados por dois séculos terríveis, de silêncios e resistências, sem clero nem sacramentos, nem direcção espiritual. Apenas com fé e esperança. E um legado de sofrimento e diásporas. Muitos macaenses têm nas suas veias o sangue de japoneses cristãos deportados, por exemplo, depois dos levantamentos de 1637, em que foram aqueles (várias centenas) foram forçados a partir para Macau (e Manila).
Um nome cintilou desde sempre entre os cristãos japoneses como uma chama na memória e um estímulo da perseverança: Paulo Miki (em Japonês, パウロ三木), um dos mártires dos 26 Mártires de 1597, beatificado em 1627 e canonizado em 1862. Nascido em família poderosa e rica, 1562, em Tsunokuni, na província de Harima, numa importante família de samurais, foi educado por Jesuítas, aos quais se juntou com vista ao sacerdócio. Ficou famoso como pregador, convertendo muitos compatriotas. Mas foi-lhe movida perseguição, com subsequente captura, às ordens de Hideyoshi, em 1596. Miki foi forçado, juntamente com os seus 25 Companheiros, a caminharem, no Inverno de 1597, de Quioto até Nagasaki, 600 quilómetros, entoando o Te Deum e outros cânticos. A pé até ao seu calvário, a 5 de Fevereiro, ainda pregando, crucificado, o seu último sermão, perdoando piedosamente os verdugos que o executavam. Em torno de si catequistas, sacerdotes, servos, artesãos, velhos, novos, inocentes, todos tinham em comum a fé em Cristo. Paulo tinha 35 anos. Não alcançara o sacerdócio, como alguns referem, apenas pronunciou os seus votos solenes em 1588 e foi estudando conforme as possibilidades. Em 1592 trabalhava com o seu Provincial, Pedro Gomez, dirigindo-se com ele para a comunidade de Osaka.
Afirmou-se sempre um verdadeiro japonês, considerando-se condenado não porque o era mas porque obedecia a Cristo e à Sua doutrina, que ensinava e propagava com afã e zelo, alegria e na sua língua nativa, o Japonês, o que lhe permitia grande poder de conversão, já que era bastante comunicativo e entusiástico. Francisco, carpinteiro, Gabriel, 19 anos, Leo Kinuya, carpinteiro de 28 anos, Diego Kisai, coadjutor Jesuíta, Joaquim Sakakibara, cozinheiro dos Franciscanos em Osaka, Pedro Sukejiro, enviado pelos Jesuítas para ajudar os prisioneiros, Cosme Takeya, de Owari, Ventura, de Miyako, são alguns nomes destes mártires, 26 homens que sofreram cruelmente como Cristo, por apenas O imitarem em vida. Como na morte, ou melhor, a Páscoa da glória de cada um. Paulo Miki, entre eles, fervoroso, indómito na fé, corajoso na entrega, até ao fim, magnânimo, exemplar. Na adversidade, na alegria do martírio. Como os do Grande Martírio de Nagasaki de 1622 (centenas), muitos outros entre 1597 e 1637 também, os 16 Mártires de 1637, os dois padres agostinhos de 1632, ou o martírio de Pedro Kibe Kasui e os seus 187 Companheiros entre 1603 e 1639… Para pensarmos nos dias de hoje, nesta lista de Miki e tantos mais…
 Vítor Teixeira
Universidade Católica Portuguesa
Em 5 de fevereiro de 1597 - Os vinte e seis mártires do Japão são crucificados
Em 5 de fevereiro de 1906 - Dezessete ligas socialistas e operárias da capital e do interior do Estado de São Paulo realizaram grande Comício de protesto contra as repressões na Rússia Czarista.
Pancho Villa
Em 5 de fevereiro de 1915 - Emiliano Zapata Pancho Villa assumiu o poder militar e civil no México.
Joaquim Osório Duque Estrada
Em 5 de fevereiro de 1927 - Faleceu Joaquim Osório Duque Estrada, poeta. professor, crítico, teatrólogo, e autor da letra do Hino Nacional Brasileiro.
Henfil
Em 5 de fevereiro de 1944 Nasceu o cartunista Henfil - Na data de seu nascimento lembramos do Movimento da Luta contra a DST/HIV. Ele que foi vítima de banco contaminado de sangue, uma vez que era um hemofílico, e acabou contaminando a transfusão de sangue.
Atriz Charlotte Rampling
Em 5 de fevereiro de 1946 - Nasceu a atriz britânica Charlotte Rampling

O Prêmio Nobel da Paz Matin Luther King foi solto logo após a chegada de 15 congressitas americanos a Selma, Alabama. King convocou seus colegas do Movimento pelos Direitos Civis para uma reunião na prisão, onde estava havia três dias, por liderar um protesto pelo direito ao voto dos negros. No encontro seriam estudadas as consequências da ordem judicial, expedida pelo Tribunal Federal, que exigia a aceleração da inscrição dos eleitores negros no Condado de Dallas, Alabama. O direito dos negros ao voto foi conquistado em 1965 depois dessa campanha liderada por King. 

O pastor da igreja batista iniciou a luta pelos direitos civis nos Estados Unidos em 1955, quando Rosa Parks, uma mulher negra, negou-se a dar seu lugar em um ônibus para um branco e foi presa por isso. King e os líderes negros de Montgomery organizaram um boicote aos ônibus contra a segregação racial no transporte. A campanha durou 381 dias. Durante esse período, o pastor recebeu ameaças, foi preso e teve sua casa atacada. O boicote foi encerrado com a decisão da Suprema Corte Americana em tornar ilegal a discriminação racial nos ônibus.

Depois de encontrar-se com Mahatma Gandhi, líder da luta pela independência da Índia, em 1959, King passou a adotar o princípio de persuasão não violenta empregada por Gandhi naquele país como o seu principal instrumento de protesto social. King pregava a fraternidade e disse em um dos seus famosos discursos: "Aprendemos a voar como pássaros e a nadar como peixes, mas não aprendemos a conviver como irmãos''

O pastor foi assassinado em abril de 1968 em Memphis, Tenessee, por um branco que havia escapado da prisão. Desde 1986, no terceiro domingo de janeiro é comemorada a conquista dos direitos civis dos negros dos Estados Unidos e são feitas homenagens a Martin Luther King, defensor da paz e da justiça.
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Em 5 de fevereiro de 1965 - Martin Luther King Jr, que estava três fora solto. Foi preso por liderar um protesto  pelo direito dos votos negros.



Em 5 de fevereiro de 1966 - O presidente do Brasil General Humberto de Alencar Castelo Branco editou o Ato Institucional n.3 -AI-3, em que as eleições dos governadores e dos vices passavam a ser indireta e por um Colégio Eleitoral, assim como dos prefeitos de capitais e cidades de consideradas de Segurança Nacional.
Violeta Parra
Em 5 de fevereiro de 1967 - Violeta Parra, cantora, artista plástica e folclorista se suicida-se.
Mestre de Capoeira - Mestre Bimba
Em 5 de fevereiro de 1974 - Faleceu o criador da capoeira regional Mestre Bimba.


Desocupação do Pinheirinho - São José dos Campos
Em 5 de fevereiro de 2012 - Cumprindo uma decisão Judicial, o Governo do Município de São José dos Campos,(PSDB) utilizou as forças policiais de repressão do Estado de São Paulo, para retirar, com balas de borrachas e gaz lacrimogênios, os trabalhadores e trabalhadoras da Vila Pinheirinho, não respeitando nem crianças, nem pessoas idosas. Ou seja a decisão Judicial fechou os olhos pra todos os estatutos legais do País.


Em 5 de fevereiro de 2005 - Falece Gnassingbé Eyadema, militar e presidente do Togo de 1967 a 2005, sua morte foi por ataque cardíaco.




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