Coordenador da ONU pede liberação do acesso da assistência humanitária a áreas sitiadas no Iêmen
Na semana passada, o PMA conseguiu entregar alimentos para 3 mil famílias em distritos sitiados de Taiz. Apesar da negociação bem-sucedida, populações em enclaves ainda passam necessidades extremas.
Neste sábado (23), após visita à cidade sitiada de Taiz, no Iêmen, o coordenador humanitário nacional da ONU, Jamie McGoldrick, solicitou às autoridades e às diferentes facções do conflito no país que liberem e garantam o acesso duradouro da assistência humanitária a locais sob cerco. Na quinta-feira (21), um comboio de 12 caminhões do Programa Mundial de Alimentos (PMA) conseguiu entrar nos distritos sitiados de Al-Qahira e Al-Mudhafer, dentro do município.A agência da ONU entregou comida suficiente para alimentar 3 mil famílias de seis pessoas por um mês. Os alimentos incluem trigo, açúcar, óleo vegetal e cereais. Apesar da negociação bem-sucedida realizada pelo PMA, McGoldrick alertou para as necessidades ainda extremas das populações vivendo em enclaves, dentro de Taiz, e para a precariedade da infraestrutura civil. “Apenas algumas lojas estão abertas. Comida e outros bens básicos necessários à sobrevivência estão em falta. Serviços básicos são escassos, incluindo o acesso a água e combustível”, afirmou.
O coordenador da ONU também chamou a atenção para a situação das instalações médicas. O hospital de Al-Thawra, por exemplo, já foi repetidamente atingido pelos confrontos armados. Segundo McGoldrick, Al-Thawra, “um dos poucos centros de saúde funcionando no enclave, está com falta de suprimentos. Equipes médicas em Taiz, como é o caso em qualquer lugar no Iêmen, continuam a trabalhar apesar dos perigos que enfrentam, frequentemente sem serem pagos e com recursos escassos”.
Desde o final do ano passado, a ONU tem alertado paras as duras condições enfrentadas pelos iemenitas que habitam regiões sob cerco no país. McGoldrick reiterou a solicitação das Nações Unidas para que o acesso de agências humanitárias seja negociado e garantido. O coordenador humanitário afirmou que a liberação das organizações está prevista pelo direito internacional.
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