quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Poesia - Trajetória humana - Manoel Messias Pereira

Trajetória humana

Existência
entre a guerra
e a paz,
as pessoas
sempre a espera
do que virá,
e isto consiste,
no choque,
no prazer,
no estupro,
no sofrimento,
aspectos de um presente.
de uma existência

Já a esperança
é sempre a distância
um incerto futuro,
uma jornada
sem fartura
as vezes que poderá
ser solida
ou nem tanto,
os campos
vazios
os corpos
perdidos
mortos ou vivos.

Tudo 
refletindo
o mundo
silenciado
diante dos ventos
que sopram
as poeiras
das estrada,
derrubam folhas
 das árvores,
faz tempestade
nas marés
e isto é  apenas a vida, apenas.


Manoel Messias Pereira

poeta
Membro da Academia de Letras do Brasil - ALB
São José do Rio Preto-SP. Brasil









Artigo - Trabalho sexual e Marxismo - Amandha Palha


TRABALHO SEXUAL E MARXISMO
Racunho 1: para começo de conversa.*
Os debates sobre prostituição e perspectivas políticas para trabalhadoras e trabalhadores do sexo vem sendo frequentemente reduzido à questão da escolha: pode ser um trabalho de livre escolha?; há trabalhadoras do sexo que escolhem de fato essa atividade?; é possível dizer que há escolha profissional, no capitalismo, para os setores mais vulneráveis da classe trabalhadora (como mulher e travestis)?. Ainda que importantes, questões como estas são usualmente postas sem que outras, mais de fundo estejam, efetivamente resolvidas, questões muitas vezes relacionadas a perspectivas e análises teóricas intrincadas mas fundamentais pelas implicações que têm para os horizontes táticos e estratégicos desse debate. Uma questão central é: prostituição é trabalho? E a que decorre dela, não menos importante: quais as implicações da resposta desta pergunta para a forma como encaramos a luta?
Acredito ser possível começarmos a pensar a relação entre prostituição e trabalho a partir do mais simples da conceituação marxista de mercadoria: logo no capítulo 1 d’O Capital, vemos "mercadoria" conceituada como um produto específico de trabalho concreto específico que por meio de suas específicas propriedades, conferidas pelo trabalho que o produz, satisfaz determinadas necessidades, “seja do estômago ou da fantasia". No contexto da prostituição, temos um cliente com uma necessidade subjetiva contratando um serviço que supre essa necessidade, serviço esse executado por outra pessoa. Não me parece necessária muita abstração para compreendermos que o sexo, nesse contexto, aparece como mercadoria e que como tal, é produzido por trabalho – um trabalho concreto específico. É esperado que essas afirmações causem algum ruído para quem tem o mínimo de consciência sobre a dominação de gênero que perpassa toda a nossa sociedade, mas é fundamental aqui, para o rigor teórico que uma polêmica como essa exige, que cada coisa seja tomada única e objetivamente pelo que é de acordo com o método que tomamos por base e com as categorias e conceitos que nos propomos a utilizar. Trabalho não é uma categoria moral, é uma categoria objetiva e não há nada na objetividade da troca mercantil da mercadoria sexo que remova da atividade que o produz o caráter de trabalho. É certo que os elementos morais que o sexo inevitavelmente traz na nossa sociedade, ainda mais olhado na sua forma mercadoria, terão implicações sociais severas e que estas devem ser igualmente discutidas e compreendidas, mas nenhuma dessas implicações é capaz de comprometer a objetividade da categoria trabalho.
No contexto da prostituição, portanto, se faz necessário compreender que sexo é a mercadoria colocada em troca e o que se convencionou chamar de "trabalho sexual" ou "prostituição" é o trabalho que a produz, trabalho concreto específico. Decorre também disso serem as prostitutas/trabalhadoras sexuais substancialmente trabalhadoras e objetivamente uma categoria profissional, sem prejuízo de aprofundamento nas particularidades dessa atividade (inclusive nas implicações morais).
Disso decorre desatarmos alguns nós que ainda que difíceis, por conta tanto do hábito quanto da carga moral que o assunto traz, comprometem a precisão teórica dessa discussão. Nesse grau de precisão, torna-se inadequado afirmar, por exemplo, que prostituição consiste na “venda do corpo”, já que compreendemos que a mercadoria posta em troca é a mercadoria sexo, não o corpo da trabalhadora objetivamente. Essa é uma afirmação tão viciada que acaba por ser de fato difícil, frequentemente, percebermos o absurdo que ela carrega se tomada literalmente: se a prostituta efetivamente vendesse seu corpo, o segundo cliente da noite deveria pagar o preço combinado para o primeiro, não para ela, já que o primeiro tornou-se proprietário dela; assumiria também do antigo proprietário a responsabilidade da sobrevivência dela (alimentação, moradia etc) - não por um tempo predefinido, mas até que a vendesse novamente ao terceiro ou até que decidisse, por iniciativa exclusivamente sua, abandoná-la de volta à rua. É explícito o absurdo dessa afirmação e nem com muita boa vontade seria possível colocar esse cenário como análogo à realidade desse trabalho. Talvez também se argumentasse que se trata, portanto, de um aluguel, e todo o exercício retórico geraria nada senão analogias e aproximações, forçando-nos a retornar, para o bom caminhar do debate, à realidade objetiva: o cliente não paga por um corpo, mas pelo serviço que aquele corpo executará. Não é o corpo que é posto como mercadoria, o que caracterizaria uma relação de escravagista. Para o cliente, a mercadoria é o sexo; para o patrão/patroa, chamados por vezes de cafetão/cafetina, o que é vendido pela trabalhadora é a capacidade de trabalho, ou seja, o trabalho que produz a mercadoria sexo.
Essa discussão é fundamental porque ela é premissa para todas as outras: discutir estratégia e táticas de luta para a questão do trabalho sexual demanda que isso esteja bem resolvido e as consequências dessa compreensão, a de prostituição como trabalho, para as discussões estratégicas e táticas, não são pequenas. Vejamos um exemplo concreto e de grande relevância para o debate:
Compreender que o trabalho sexual é um trabalho concreto e que trabalhadoras e trabalhadores sexuais conformam uma categoria profissional insere o debate nas discussões de estratégias e táticas sindicais - o que é pouco simples, já que estamos falando de uma atividade não industrializada e que acontece ainda majoritariamente em moldes artesanais, ou em organizações análogas às das corporações de ofício. O que é certo, no entanto, é que o elemento comum entre as diversas categorias profissionais e o único capaz de unificar a luta trabalhista num movimento histórico de classe não é o trabalho concreto, mas o abstrato. Não é nas particularidades e detalhes de cada atividade profissional, que variam ao infinito, que se encontra a singularidade da exploração do trabalho no capitalismo, mas justamente no fato de que todos esses trabalhos concretos são reduzidos a mera massa de valor, a uma “grande geléia” de trabalho abstrato simples. A implicação disso é que ainda que seja fundamental o movimento de compreender e articular politicamente, com objetividade, as particularidades de cada categoria profissional, é na sua universalidade que o trabalho encontra a organização classista de caráter revolucionário. Ao mesmo tempo, o caráter abstrato do trabalho, sua universalidade, só pode se fazer aparente no movimento organizado de luta, onde as aparências das expressões particulares saem de foco. A organização revolucionária dessa categoria, portanto, pressupõe uma organização trabalhista particular anterior que permita a organização junto à classe.
Um problema que se apresenta a partir disso diz respeito às possibilidades reais que essa categoria teria de se organizar politicamente. Se estamos falando de organização de caráter TRABALHISTA a partir da articulação política das necessidades particulares decorrentes dessa atividade profissional no seu momento histórico específico, estamos falando de organização política em torno de demandas: a) que correspondam a necessidades imediatas dessa categoria; b) que façam sentido no contexto político-econômico na qual se inserem; e c) que se apresentem como possíveis de serem solucionadas a ponto de justificar o engajamento político para essas trabalhadoras. Nesse sentido, o não-reconhecimento, no âmbito trabalhista, dessa atividade e de tudo o que faz parte dela impõe limites claros à possibilidade de organização política. Qualquer demanda trabalhista, seja do âmbito da remuneração, do tempo de trabalho, do vínculo empregatício, da seguridade social, da segurança do exercício etc, pressupõe o reconhecimento não apenas da atividade profissional, mas da relação trabalhista na sua totalidade - o que inclui a figura do patrão, por exemplo. Nenhuma dessas demandas trabalhistas é possível se a figura do empregador é oculta na forma de lei. Abordagens de caráter auto-referenciado "abolicionista" que neguem a regulamentação, hoje, são incapazes de possuir, nesse sentido, concretude suficiente para permitir organização política real e orgânica da categoria, pois substituem o horizonte de lutas trabalhistas concretas por promessas de um futuro idílico naturalmente estranho a quem interessar não somente o "o quê", mas a viabilidade do "como". É notável e compreensível, portanto, que a única demanda política capaz de catalisar organização política real e classista da categoria, no atual contexto, é a regulamentação. Não qualquer regulamentação, decerto, mas alguma.
Sem demandas políticas concretas que respondam às dificuldades da realidade imediata não é possível que exista organização política real. Se não há demandas que possibilitem grupalização e organização, sem dúvida estão seriamente comprometidas as condições materiais para o salto de consciência que possibilita a organização política junto à classe.
Nesse sentido, a discussão acerca da regulamentação do trabalho sexual se apresenta para nós de forma outra que para as feministas liberais (autodeclaradas ou não): a regulamentação não é tratada aqui como um objetivo-fim, um horizonte capaz de resolver a exploração sexual, mas como um passo tático possibilitador da organização classista e revolucionária dessa categoria. Não se trata, portanto, de fazer coro com os argumentos iludidos de que "a regulamentação é fundamental para que prostitutas parem de morrer e tenham dignidade no trabalho", porque não faz parte da nossa perspectiva política a ilusão de que os instrumentos de dominação do Estado Burguês, como a sua Justiça, seriam capazes de destruir a dominação que os justifica; se trata, fundamentalmente, de construir as bases materiais para a organização dessas trabalhadoras junto à sua classe. Isso – e apenas isso – é capaz de construir uma luta capaz de produzir melhores condições de vida para as trabalhadoras e trabalhadores dessa categoria, seja no âmbito das conquistas imediatas de redução de danos, seja no horizonte de uma nova e emancipatória sociedade.
*Como diz o nome, esse texto é um rascunho. Estou, como sempre, aberta a debates, desde que não descambem pra falta de respeito ou pra desonestidade. Sei que esse texto não está tão didático quanto os da página geralmente são, mas é isso... nem sempre dá. Na dúvida, pergunta e vamos trocar figurinhas! Bora conversar e construir. 

Poesia - E o amor ainda sobrevive ao tempo - Patricia Carvalho



E o amor ainda sobrevive ao tempo.
E a vida sobrevive a morte.
Os sonhos ainda vão além. ......
E se expandem antes do fim.
Enquanto os sintomas tomam conta de mim.
Patricia Carvalho.

Iracema -CE - Brasil



Sonoridade Harmônica - Sandy

Sandy
cantora brasileira





Sandy Leah Lima[20] (Campinas28 de janeiro de 1983),[21] mais conhecida como Sandy, é uma cantora, compositora, produtora musical, atriz e apresentadora brasileira. Cantora desde a infância, Sandy começou sua carreira em 1990, quando formou ao lado de seu irmão, o músico Junior Lima, a dupla de música pop Sandy & Junior, que ficou na ativa até 2007, ano em que anunciaram a separação após 17 anos de carreira como duo musical.[22] Durante esse período, Sandy lançou 12 álbuns de estúdio, quatro álbuns ao vivo, um álbum de remixes e duas coletâneas oficiais.[23] Foi a primeira artista brasileira a realizar um concerto no estádio do Maracanã em turnê própria,[24] apresentou-se no Rock In Rio[25] e viajou com nove mega-turnês por todo o Brasil e também ao exterior (Estados UnidosJapãoAngola e Chile).[26] Em levantamento feito pela Crowley Broadcast Analysis, Sandy e Junior ficaram em 13° lugar na lista dos artistas mais executados nas rádios brasileiras entre os anos de 2000 e 2014.[27]


Fatos Históricos importantes do dia 29 de janeiro

Em 29 de janeiro de 1895 - nasce Apparício Fernando de Brinkerhoff Torelly, o Barão de Itararé, jornalista, articulista, brasileiro, militante do Partido comunista Brasileiro - PCB falecido em 27/11/1971.

Jose Martí


Em 29 de janeiro de 1895 - José Marti iniciou a guerra da Independência de Cuba, do jugo espanhol
José do Patrocínio



Em 29 de janeiro de 1905 - Faleceu José do Patrocínio, jornalista, farmacêutico, escritor, orador e ativista político da causa da revolução.
Em 29 de janeiro de 1940 - Nasceu a escritora, atriz e cantora norte-americana Katherine Julie Ross
Jerry Adriani


Em 29 de janeiro de 1947 - Nasceu o cantor e compositor brasileiro Jerry Adrinani
Oprah Winfrey


Em 29 de janeiro de 1954 - Nasceu Oprah Winfrey, apresentadora e atriz norte-americana
Em 29 de janeiro de 1960 - O presidente brasileiro  Juscelino Kubistchek recebe o presidente norte-americano Dwight Eisenhower  em Brasilia. Um encontro marcante.
Deputado Romário



Em 29 de janeiro de 1966 - Nasceu Romário de Souza Faria, craque da seleção brasileira, e atualmente Deputado Federal, da Republica Federativa do Brasil.


Em 29 de janeiro de 1972 - Fundado no Espírito Santo, a Escola de Samba Unidos de Jucutuquara, uma das maiores do estado. Atualmente acumulado cinco título, de 1990, 2002, 2004, 2006 e 2007.

Armando Falcão
Em 29 de janeiro de 1975 - O ministro Armando Falcão, do governo ditatorial brasileiro, descobriu as gráficas do Partido Comunista Brasileiro - PCB.

Em 29 de janeiro de 1991 - O Congresso da Somália unificada nomeia Ali Mahdi Mohamed como novo presidente do País.
Gilberto Gil


Em 29 de janeiro de 2005 - O  cantor Gilberto Gil, foi aplaudido pelo discurso em defesa da Software Livre no Fórum Social Mundial  em Porto Alegre.


OMS preocupada com casos de Zika e microcefalia no Brasil

OMS preocupada com casos de zika e microcefalia no Brasil


Ministério da Saúde do Brasil e os estados estão investigando 3.448 casos suspeitos de microcefalia em todo o país. Novo boletim aponta também que 270 casos já tiveram confirmação de microcefalia, sendo que 6 com relação ao vírus zika. OPAS/OMS está apoiando o país.
O Ministério da Saúde do Brasil e os estados estão investigando 3.448 casos suspeitos de microcefalia em todo o país. O novo boletim divulgado nesta quarta-feira (27) aponta também que 270 casos já tiveram confirmação de microcefalia, sendo que 6 com relação ao vírus zika. Outros 462 casos notificados já foram descartados. Ao todo, 4.180 casos suspeitos de microcefalia foram registrados até 23 de janeiro.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) está apoiando o Brasil. O vírus zika já chegou a 20 países das Américas e 10 na África, Ásia e Pacífico – mas o Brasil é o que mais preocupa os especialistas. Confira neste vídeo e saiba mais: http://bit.ly/1JFN0K8 e http://bit.ly/1JFN3FI


quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Crônica - Reflexão Educacional - Manoel Messias Pereira

Reflexão Educacional


Devemos  em educação, pensar em uma ação humanística para educando e educadores. E olhamos para a escola com um respeito pois é um local sagrado em que profanamos um processo de ensino e aprendizagem, fazendo uma verdadeira busca de enfrentamento de uma realidade desmotivadora e ameaçadora. E permitindo assim que  lucidamente  possamos acreditar em minha consciência e criticar a escola que alguns dizem ser prioridade nos discursos políticos  mas nos tratamentos que apresentam-nos é de náuseas. 

A realidade da Educação Pública é de um conjunto de estupidez. A partir do que podemos observar em três exemplos de ensino. E estes exemplos parte de um princípio, privatista, neoliberal nos estados como São Paulo, Goias, e Paraná, que são governados pela oposição ao governo federal. Uma vez que hoje todas as críticas da imprensa seja ela escrita, televisa ou radiofonizada e até mesmo de blogs, são de pleno debate e reprovação da condução política do governo federal.

No Paraná o exemplo de tratamento dado pelo Partido da social Democracia Brasileira - PSDB de Beto Richa, foi de um circo de horror, quando resolveu alterar a previdência estadual e os professores foram impedidos de adentrar ao plenário da Assembléia Legislativa, caso ocorrido no final de abril de 2015, quando o governo do estado através de seu Secretário de Segurança, que viu na educação e na presença de educadores acompanhando o processo como um perigo talvez como quem tivesse olhando para um conjunto de terroristas. Por isto enviou dois mil policiais, cães, bombas, aviões como quem tivesse preparado para uma guerra, que cercaram o prédio e machucaram um grande numero de educadores. Este é um exemplo de oposição ao tratar com os professores, pra mostrar o exemplo de governo. Ou seja bastante sanguinário. Com isto seria importante que houvesse imprensa neste imenso Brasil capaz de dinamizar uma reportagens com a nova geração de crianças e adolescentes, pra que eles pudessem juntamente com seus pais dar a opinião de como essa ação desmedida, descontrolada de um Estado sobre os seus contribuintes. Mas sabemos também da fragilidade da imprensa, ou melhor dos jornalistas. Uma vez que as imprensa vive de propagandas e o Estado é um grande cliente. Com isto a desgraça e a violência fica como chagas abertas vertendo em sangue, mas escondida do grande público, escamoteada. E quanto a previdência de como foi votado, pelo grau de estranheza é assunto bom para ser tratado por especialistas em seguridade social. e isto não atrevo-me a falar.

Já Em São Paulo no governo de Geraldo Alkmin, também do mesmo partido PSDB, os professores foram a greve em 2015, e tivemos assim a mais longa de todas as greves. Os professores foram em busca de sua remuneração que estava defasada, em busca da qualidade de ensino, em busca de verbas pra escolas, e pelo fim da lotação das salas de aula que apresentava em locais em São Paulo com um número absurdo de alunos inviabilizando o processo de ensino aprendizagem. Pois houve escola no Estado que nem papel higiênico tinha. Ou seja a precariedade na cidade de são Paulo ainda atingia a questão da água. Pois a falta de investimento foi visível inclusive na infra-estrutura do Estado, que culpou a falta de chuva. Além do mais teve escolas sendo entregue no interior do Estado como São José do Rio Preto-SP. que inclusive nem ventilador tinha. Num local onde o calor chega a quarenta graus. Sendo que este Estado, tem uma estatística difundida pela imprensa de que a três dias um professor é agredido. O governador não reconheceu a greve. Diz a todo o momento que apenas uma pequena parte da categoria estava em greve. e também não chamou pra negociar e ainda cortou salários, deixando em maus momentos uma série imensa de profissionais, que necessitou ingressar na Justiça. E o que a justiça determinou foi o pagamento dos dias parados. E assim que acabou a greve dos professores. O governo veio com uma tal reorganização do ensino. Na qual ele fecharia várias salas, e os alunos em ciclos seriam separados causando um transtorno social, para pais e responsáveis. Os alunos neste caso resolveram ocupar as escolas e o contexto foi o governador usando o mesmo método da repressão de Beto Richa. A secretaria de segurança foi convocada pra retirar alunos a força, e neste caso houve agressão a professores, a alunos, e até abusos sexuais de agentes do estado sobre crianças e adolescentes e até o momento não vi nem ECA nem a defesa dos Direitos Humanos se manifestar sobre isto. Cabendo aos que foram humilhados,  na sua integridade entrar com um processo crime contra o Estado. Embora saibamos que os brasileiros não tem essa prática. Pois por aqui a violência é algo cristalizada e naturalizada e o Estado tratam as pessoas como uma boa "Ditadura da Burguesia", como exemplo de educação para as novas gerações. Aqui no Estado de São Paulo o secretário de Educação caiu, ele que fora reitor de uma Universidade e  em seu lugar foi posto um "desembargador" talvez  hipoteticamente pra intimidar, ou pra barrar no espírito corporativo do judiciário todo e qualquer processo judiciário.

E noutro Estado da Federação, como Goias, também administrado pela oposição ao PT, que é o PSDB de Marconi Perillo, os alunos também foram para a ocupação da escolas e como pratica também houve violência de agentes de segurança do estado sobre os alunos. E a conclusão disto é que há um processo vigente de sucateamento da rede pública objetivada por este partido. Que já começa a trabalhar com empresa terceirizada na contratação de funcionários e provavelmente hoje já discute-se a hipótese de que isto vai para os cargos outros como professores e o futuro é dizer que a educação não tem jeito e que há necessidade de privatizar. E empresas da iniciativa privada pra isto não deve faltar.

Este tipo de educação fascista não interessa a maioria dos professores. E na maioria das pessoas esclarecidas e que ousa pensar. Pois a educação é um processo de construção social, que inicia-se na gestação, no nascimento das pessoas no trato entre pais e filhos de forma saudável e cordial. E a escola entra no processo para a socialização dos indivíduos, mas não apenas isto e sim na busca do estudo para a emancipação social e intelectual de cada um.

Contraponto

Em contraponto pensamos  na educação emancipadora, em que o ensino e aprendizagem pode até ter um currículo comum, porém a escola deveria ter a sua liberdade de ensinar e aprender, para que professores e gestores pudesse elaborar todo o processo respeitando o ambiente que deve ser estimulador pra uma transformação. A escola neste caso precisa ser o local de objetivar e garantir o direito de quem deve permitir-se aprender e socializar informações, num papel de apoderamento de conhecimentos. e para tal, a educação precisa incluir o ser humano na pratica do ensino.

O ensino necessita, ser plural, social, científico, laico, e coletivo. Deve ter como princípio a construção do conhecimento. A utilização dos meios modernos eficaz, capaz de dinamizar o aluno para um mundo dialético e que transforma-se rapidamente. Para tal é necessário o preparo dos professores, pais e alunos para uma nova cultura o desta transformação que passa pelo recorte da classe social, da elucidação de que vivemos numa conjuntura muitas vezes desfavorável, que permite muitas vezes de observar pessoas abandonando o processo de ensino por fatores externos como questão social, moradia, ambientes sociais, bulling, racismo, preconceitos, discriminações, desde cor, raça etnia, religião, gênero, sexo, transfobia, homofobia,  xenofobia. É preciso ter uma educação que passa por toda essa tranversalidade e interdisciplinaridade  e refutar  o ocultamento do existencialismo que há na sociedade.  Ou seja essas doenças sociais atrapalham  o processo de aprendizagem.

Porém para que essa bandeira da educação emancipadora é necessário sim uma outra forma de relação entre governo e governados(das), o importante, é que todos possam ser  sujeito histórico que permite exatamente lutar na busca desta transformação de maneira coletiva na qual todas as decisões são retiradas em assembleias e ratificadas pelos demais organismos que se deva formar ou reformar dentro dos princípios das escolas como Conselho Gestor, Conselho de Escola, Associação de Pais e Mestres, Grêmios Escolares,  Que haja organização econômicas de materiais de usos permanentes e usos temporários, e ate´para a merenda escolar para tal deveria ser destinada verbas diretas para as unidades escolares. Que precisaria também contar com um corpo administrativo formado por advogado, contador, para melhor administrar as unidades.

Que as escolas pudesse ser formada por um ensino clássico, porém também técnico juntamente, artístico, literário e tecnológico. E pensando numa nova forma de educação. Uma educação completa, formativa, emancipadora. O ser humano deve ser um ser completo. E a escola que nos oferecem nada tem de atrativa.

Enfim pensar em educação é estabelecer os nos que amarra a transformação. Precisamos aprender a desatar esses nos. Ou seja as necessidades do processo de ensino aprendizagem necessita ser resolvidas. E para tal a resolução deve permanecer numa busca coletiva, pra melhorar a vida do educando e do educador.

 Que perdoe a oposição ditatorial burguesa do PSDB, mas não precisa espancar alunos, não precisa abusar sexualmente de criança, não necessariamente precisa ser usada balas de borracha, ou gás de lacrimogêneo no ambiente escolar. Esses instrumentos não são pedagógico. Daí reside a minha crítica e mais duvido que este estágio de violência está sendo usado nas escolas de ensino privado fundamental e médio. de onde estudam os filhos ou parentes  destes governantes.

 E o respeito é algo que necessitamos para os filhos dos trabalhadores deste país. E para tal existe uma frase interessante de ser lembrada "pimenta nos olhos dos outros é refresco". Porém não gostaria de ver ninguém chorando de dor ou de sentimentos por ações de violências ou maus tratos feitos por um Estado. Quero apenas que a escola seja um lugar de pessoas felizes construindo saberes, seja usando todos os instrumentos possíveis, mas construídos coletivamente. Operando na emoção terna de educar sempre.


Manoel Messias Pereira

cronista e poeta

Membro da Academia de Letras do Brasil - ALB
São José do Rio Preto -SP.