sábado, 7 de maio de 2016

Crônica - Pensar a revolução popular brasileira - Manoel Messias Pereira


Pensar a revolução popular brasileira
O Brasil atualmente se ensaia para passear numa passeata, sem rito- barú. E isto pode dar chabú. Porque na transformação em que ele ensaia, não traz a massa da população, aquela que paga os impostos e que convive com a desgraça plantada no palácio executivo e no parlamento legislativo e com o desastre judiciário. E assim professores tem de ensinar que os poderes são harmoniosos, distintos e independentes entre si. Mas todos os poderes mantém-se distante do povo, ou seja  da massa da população  e das suas  reivindicações populares, das organizações dos serviços essenciais, como arte, cinema, literatura além de casa, e atendimento curativo de saúde. Falta a medicina preventiva. falta respeito. antes mesmo da verba destinada pra aqui ou pra lá, pra acolá.

Hoje prega impeachment, hoje prega combate a corrupção. Enquanto isto, todos os brasileiros sabem que esse é um ensaio surdo, sem ressonância nas casa populares, nas discussão dos bares das vilas. O mundo desgostoso, continua a descer na garganta da população como a caninha que se toma e tanto mal causa ao fígado, graças aos ácidos da organização industrial dos lambiques brasileiros. Credo.

O caminho para a população brasileira é o da revolução. E ela vai sendo elaborada na aproximação do campo e da cidade. a partir do movimento democrático revolucionário nas condições particulares deste país e jamais será uma cópia de outras revoluções que ocorreram pela história no mundo. Essa é uma revolução que vai silenciosamente acordando os trabalhadores. Não é nada inventada, também não é decretada por nenhuma vanguarda, mas decorrente de uma condição histórica que vai alinhavando-se, nesta ligação cidade e campo, numa ação unida contra a ditadura que se avizinha seja ela de extrema direita ou de direita.

É uma insurreição de paz, que nada tem de material bélico. Pois desta forma a população trabalhadora pode desarmar politica e ideologicamente esses capitalistas neoliberais, que mantém uma politica de privilégios para a classe patronais, patrocinadoras das anomalias que eles dizem que desejam cortar. E o proletariado deve sim utilizar todas as formas e aspectos  sem a menor exceção da atividade social.

A estratégia revolucionária deste trabalhador deve sempre levar em conta o questionamento se o capitalismo por si cria as condições para o advento do socialismo ou se a  realidade é a luta revolucionária. Em outras palavras se é a luta revolucionária que vai estabelecer seres humanos dotados de capacidades para a construção do socialismo. Pois Lênin o revolucionário bolchevique russo dizia que a revolução é um processo de criação e nunca isenta de erros ou fracassos. Isto demonstra que a revolução é coisa de ser humano, passíveis de vitórias ou não, mas um ato de humanidade, na busca de atender as necessidades da existência humana.

Enquanto isto a elite desfila sem nenhum respeito a essa gente de paz que trabalha e deixam os patrões polpudos de dinheiros e bens patrimoniais. É essa elite que faz guerra de interesses expondo o país ao ridículo internacional.

Todos os nossos esforços são para que todos possam pensar, abordando o marxismo com a seriedade que essa doutrina merece. Pois a revolução socialista é possível. Na ternura de nossos passos, na leitura de nossas necessidades, na formulação de uma união de um florescer de esperanças em que podemos deixar de ser explorados, por governos e patrões. Emancipando - nos evidentemente.


Manoel Messias Pereira

cronista e poeta
membro da Academia de Letras do Brasil
São José do Rio Preto -SP. Brasil.




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