Simone Manuel é a primeira nadadora negra a ganhar uma final individual em Olimpíadas
A prova dos 100m livre feminino ainda teve no topo do pódio a canadense Penny Oleksiak de apenas 16 anos. As vencedoras também quebraram o recorde olímpico
A final dos 100m livre feminino no Estádio Aquático do Parque Olímpico da Barra terminou empatada. Pode parecer quase impossível, mas Simone Manuel dos Estados Unidos e Penny Oleksiak do Canadá bateram juntas na primeira posição a exatos 52s70. Além de dividirem o ouro, elas também estabeleceram novo recorde olímpico, que antes era de 52s71. Estes fatos já bastavam para marcar a prova na história, mas o mais importante está no simbolismo de que Simone é a primeira nadadora negra a vencer uma final individual da natação olímpica.
Um ineditismo que traduz em uma modalidade as diferenças raciais mundo afora. “Essa medalha significa muito para mim. Ela não é só minha, mas de muitos afrodescendentes que vieram antes, que me inspiram, e espero que inspire os que venham depois”, disse Simone, que já havia levado uma prata nos Jogos Rio 2016, no revezamento 4x100m livre.
Ela espera que chegue o dia em que a sua performance seja mais relevante que a cor da pele. “Ao entrar na prova eu tentei tirar o peso da comunidade negra dos ombros, que é algo que carrego comigo nesta posição. Espero que algum dia isso desapareça, que chegue o dia em que sejamos mais numerosos. Que não seja Simone, a nadadora negra. Esse título dá a entender que não mereço a medalha, mas trabalhei duro, quero ganhar tanto quanto todo mundo”.
Com o duplo ouro, a prova não teve medalhista de prata. O bronze foi para a sueca Sarah Sjöström (52s99). Simone mostrou surpresa com o resultado final. “Foi minha primeira medalha de ouro na minha primeira edição de Jogos Olímpicos, foi uma espécie de surpresa pra mim. Eu nunca imaginei que estaria nesta posição, me sinto abençoada e honrada de estar no pódio. Toda a minha dedicação foi recompensada e estou muito feliz”, revelou a jovem de 20 anos.
As nadadoras só se deram conta da vitória quando saíram os resultados no placar do Estádio. A canadense Penny Oleksiak conta que abaixou a cabeça nos metros finais e nadou o máximo que pôde para ganhar. “Não vi que tinha empatado, assim que virei para o placar vi o recorde olímpico com dois nomes”.
E se não bastasse tantos acontecimentos marcantes em menos de um minuto, a canadense chega ao ouro com apenas 16 anos. “É incrível ganhar um ouro na minha primeira Olimpíada, espero que inspiremos outros jovens e crianças a seguir o mesmo caminho”, afirmou a nadadora, que alcançou sua quarta medalha nos Jogos Rio 2016. Ela também tem uma prata nos 100m borboleta e dois bronzes, nos revezamentos 4x100m e 4x200m livre.
Mais provas
Na outra final feminina da noite, a japonesa Rie Kaneto levou o ouro nos 200m peito, com o tempo de 2m20s30. A prata ficou com a russa Yulia Efimova (2m21s97) e o bronze com a chinesa Jinglin Shi (2m22s28).
A húngara Katinka Hosszú também caiu na piscina do Estádio Aquático para a semifinal dos 200m costas e, com o melhor tempo da classificatória (2m06s03) vai buscar seu quarto ouro nos Jogos Rio 2016. Ela já ganhou as provas dos 200m e dos 400m medley, além dos 100m costas.
Gabriel Fialho - Brasil2016.gov.br
Um ineditismo que traduz em uma modalidade as diferenças raciais mundo afora. “Essa medalha significa muito para mim. Ela não é só minha, mas de muitos afrodescendentes que vieram antes, que me inspiram, e espero que inspire os que venham depois”, disse Simone, que já havia levado uma prata nos Jogos Rio 2016, no revezamento 4x100m livre.
Ela espera que chegue o dia em que a sua performance seja mais relevante que a cor da pele. “Ao entrar na prova eu tentei tirar o peso da comunidade negra dos ombros, que é algo que carrego comigo nesta posição. Espero que algum dia isso desapareça, que chegue o dia em que sejamos mais numerosos. Que não seja Simone, a nadadora negra. Esse título dá a entender que não mereço a medalha, mas trabalhei duro, quero ganhar tanto quanto todo mundo”.
Com o duplo ouro, a prova não teve medalhista de prata. O bronze foi para a sueca Sarah Sjöström (52s99). Simone mostrou surpresa com o resultado final. “Foi minha primeira medalha de ouro na minha primeira edição de Jogos Olímpicos, foi uma espécie de surpresa pra mim. Eu nunca imaginei que estaria nesta posição, me sinto abençoada e honrada de estar no pódio. Toda a minha dedicação foi recompensada e estou muito feliz”, revelou a jovem de 20 anos.
As nadadoras só se deram conta da vitória quando saíram os resultados no placar do Estádio. A canadense Penny Oleksiak conta que abaixou a cabeça nos metros finais e nadou o máximo que pôde para ganhar. “Não vi que tinha empatado, assim que virei para o placar vi o recorde olímpico com dois nomes”.
E se não bastasse tantos acontecimentos marcantes em menos de um minuto, a canadense chega ao ouro com apenas 16 anos. “É incrível ganhar um ouro na minha primeira Olimpíada, espero que inspiremos outros jovens e crianças a seguir o mesmo caminho”, afirmou a nadadora, que alcançou sua quarta medalha nos Jogos Rio 2016. Ela também tem uma prata nos 100m borboleta e dois bronzes, nos revezamentos 4x100m e 4x200m livre.
Mais provas
Na outra final feminina da noite, a japonesa Rie Kaneto levou o ouro nos 200m peito, com o tempo de 2m20s30. A prata ficou com a russa Yulia Efimova (2m21s97) e o bronze com a chinesa Jinglin Shi (2m22s28).
A húngara Katinka Hosszú também caiu na piscina do Estádio Aquático para a semifinal dos 200m costas e, com o melhor tempo da classificatória (2m06s03) vai buscar seu quarto ouro nos Jogos Rio 2016. Ela já ganhou as provas dos 200m e dos 400m medley, além dos 100m costas.
Gabriel Fialho - Brasil2016.gov.br
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