segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Israel-Palestina: Quarteto para o Oriente Medio condena terror e violência contra civis

Israel-Palestina: Quarteto para o Oriente Médio condena terror e violência contra civis



“Status quo não é sustentável”, afirmou o grupo, composto pela ONU, a União Europeia, os Estados Unidos e a Rússia. O grupo condenou a violência contra civis e expressou “séria preocupação” quanto à continuidade das atividades de assentamento e à demolição de estruturas palestinas.
Escalada de violência pode inviabilizar, perigosamente, a busca por uma solução de dois Estados para o conflito israelo-palestino, segundo o Quarteto para o Oriente Médio. Foto: IRIN / Shabtai Gold
Escalada de violência pode inviabilizar, perigosamente, a busca por uma solução de dois Estados para o conflito israelo-palestino, segundo o Quarteto para o Oriente Médio. Foto: IRIN / Shabtai Gold
Nesta sexta-feira (12), as Nações Unidas e seus parceiros do Quarteto para o Oriente Médio – composto pela a União Europeia, os Estados Unidos, a Rússia e a própria ONU – condenaram todos os atos de terror e violência cometidos contra civis em meio às atuais tensões entre israelenses e palestinos.
O grupo expressou preocupação quanto à continuidade das atividades de assentamento e alertou para o elevado índice de demolições de prédios e estruturas palestinos. Para a entidade, “o status quo não é sustentável”.
De acordo com o pronunciamento do Quarteto, esses desdobramentos, envolvendo a escalada de agressões, “colocam a viabilidade da solução de dois Estados perigosamente em risco”. Segundo o organismo, “progressos significativos, em consistência com a transição contemplada por acordos prévios, são urgentemente necessários para estabilizar a situação e reverter tendências negativas no terreno”.
A entidade destacou ainda que “ações unilaterais por qualquer parte (do conflito israelo-palestino) não podem presumir o resultado de uma solução negociada”. O Quarteto afirmou que permanecerá engajado com as partes interessadas, a fim de explorar ações concretas que ambos os lados podem realizar para demonstrar seu compromisso genuíno com a busca por uma solução política. A longa ausência de iniciativas sólidas rumo à paz tem levado à deterioração da situação, tanto para israelenses, quanto para palestinos.
O Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) também se pronunciou a respeito do conflito israelo-palestino. O organismo está “profundamente preocupado” quanto à situação de Mohammed al-Qiq, em greve de fome há 80 dias para protestar contra sua detenção administrativa em Israel. Relatos indicam que suas condições são críticas. O ACNUDH reiterou seu pedido para que todos aqueles em detenção administrativa sejam ou acusados de algum crime, ou liberados imediatamente.
A porta-voz da agência da ONU, Cécile Pouilly, também informou que o ACNUDH recebeu “notícias preocupantes” de que as Brigadas de Al-Qassam teriam executado um de seus membros, Mahmoud Eshtaiwi, em Gaza, no dia 7 de fevereiro. A morte pode ser considerada uma execução extrajudicial e um ato “arbitrário de privação da vida”. Para o ACNUDH, autoridades palestinas devem investigar o caso de forma independente e credível

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