sábado, 6 de agosto de 2016

Crônica - A concepção política do proletariado - Manoel Messias Pereira



A concepção política do proletariado

Quando ouço os jornalistas brasileiros falar de ditaduras, eles sempre se fundamenta que a ditadura é coisa dos países de orientação marxista. E quando eles atribui o processo democrático. Eles pensam sempre com o olhar do sistema capitalista, com o olhar do mercado, embora nisto eles não levam em conta aquilo que pra mim é a ditadura da burguesia. Ou seja um processo político administrativo que privilegia sempre a classe burguesa. E diga-se de passagem é ela que forma a elite politica e mantém o aspecto jurídico para as suas mazelas e pune quem não for dessa classe. E quanto a isto presto muita atenção nos desenrolares administrativos, governamentais e jurídicos do meu País expostos nas mídias.

O Estado sempre foi e sempre será uma organização da classe dominante e instrumento de seu poder e é isto que determina a essência de nosso  Estado brasileiro. Que teve a burguesia e a aristocracia sempre no poder. E com isto tivemos sempre essa  classe dominante utilizando  de instrumento de poder sob as classes e camadas populares, que são  exploradas e plenamente agredida com baixos salários, e serviços públicos de qualidades duvidosas, e desrespeitos a valores como direitos à saúde, à segurança, a escola de qualidade, a instituições culturais formativas. E essas deficiências parte das politicas  desinformadas da ideologização neo-liberal e toda uma deformação estrutural para que as classes ou camadas populares pensem que são colaboradoras da classe dominantes, e esquecem que na verdade há lutas de classes, há interesses difusos, no contexto da competição, do mercado na organização do banco de reservas de mão de obra. E esses fatos e atos descritos por mim, conheço moro no Brasil e sofro como vítima humana deste sistema.

Em relação ao Estado Socialista, confesso que nunca vivi num estágio deste, por isto observo na literatura sociológica algumas informações, e para tal consultei o livro de G. Chakhnazáro e Lu Krássine "Fundamentos do Marxismo Leninismo",  que mostra que o Estado no socialismo também aparece como instrumento de poder e nisso reside sua semelhança e por isto é chamado de Estado. Mas ao mesmo tempo ele se distingue de modo radical dos Estados do Modo capitalista, pois  no socialismo o estado é o instrumento político que está na mão da classe que ao longo da vida foi explorada. E a tarefa é lutar contra toda a exploração feita por seres humanos sobre outros seres humanos. E assim que chegar ao poder a classe operária precisa sim entender que a intenção não é permanecer no poder eternamente como aliás faz os capitalistas, mas sua presença é apenas um período histórico determinado, que deve servir para edificar uma nova sociedade em vez de cumprir uma missão.

E o povo precisa compreender que nenhum ser vai sair das nuvens como o ser-humano novo, ou um salvador. E a questão é de que todos podem lutar e construir um poder popular fazendo isto por todos e não de forma individual, é preciso repensar, ideais, hábitos e os costumes e todas as deformações criadas pelos capitalistas, conforme nos ensina Samora Machel no livro "Estabelecer o Poder Popular para servir às Massas" E por isto é  preciso retificar os métodos já pre estabelecidos, usar bisturi de criticas e repensar novas atividades.

O palavra massa em política, tem conformação diferente em seus aspectos, para os partidos de cunho capitalistas como conhecemos hoje nos parlamentos brasileiros e nos poderes executivo, a palavra significa pessoas sujeitas a manipulação como aliás eles sempre fizeram compraram votos e assim por diante, porém é isto que conhecemos no Brasil. Já a palavra massas no conceito dos socialistas são os seres humanos que precisa ser informados e formados com instruções, para organizar-se em células e edificar-se a nossa vida.

E assim o Estado Socialista deve ser o estado do povo, ou seja o estado de toda a maioria dos trabalhadores, que precisa com urgência fortalecer-se ter formatações teóricas ou seja consciência de classe para liquidar a classe opressora e exploradora e toda a sua resistência e por isto a chamada Ditadura do Proletariado para que o povo possa de fato usufruir desta edificação e passando esse período chamado socialista, o Estado deve desaparecer e ceder lugar ao auto-gestão popular, feito por operários, do campo, das cidades e intelectuais.

A responsabilidade de todos os pensadores socialistas é imensa e por enquanto a capacidade desta transformação em qualquer território hoje é pequena, mas há uma vantagem a linha ideológica bem traçada numa orientação correta, construída no olhar humanístico a partir da luta das massas no contatos com esses intelectos. O poder implica numa democracia profunda e real, direta. É preciso estabelecer que democracia não é uma abstração como aliás propõe os capitalistas, mas é algo que precisa ser exercida, precisa ser concretizada e materializada, como um laboratório de nossas experiencias e um centro de difusão de nossas práticas. E é exatamente isto que entendo ser a ditadura do proletariado.

Essa  forma chamada ditadura do proletariado, mas que é construída por esse mesmo proletariado, com os valores nascidos das conversas das plenas necessidades existentes, de cada ser que deseja individualmente, ter o bem estar social, a partir de um bom atendimento de saúde, de construção educacional clássica profunda e emancipadora, combinando com um estágio cultural que privilegia o bom relacionamento saudável e familiar, precisa todos e todas as pessoas de bens morais, voltadas para o bem estar coletivo. E por isto necessitamos educar o ser humano, elevar o nível de vida material e cultural e contribuir para o fortalecimento da paz e o desenvolvimento da cooperação internacional de forma humanista.

E entendo que o jornalista que faz a crítica, com certeza usa a fala conforme o senso comum e não conforme, os clássicos livros e seres pensantes do assunto. Portanto formatados no processo de ignorância social. E quanto a isto estes profissionais também precisam ser resgatados num processo educacional, embora muitos já cristalizaram a estupidez e  a tarefa é mais difícil, entregamos ao tempo e com ele a divina  Santa Morte.  Amem.


Manoel Messias Pereira


cronista

Membro da Academia de letras do Brasil -ALB
São José do Rio Preto -SP. Brasil




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