quarta-feira, 13 de abril de 2016

Sonoridade harmônica - Dona Ivone lara

Ivone lara
cantora e compositora brasileira
Dona Ivone Lara nasceu Yvonne da Silva Lara, em 13 de abril de 1921, na Rua Voluntários da Pátria, em Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro. Dona Ivone foi a primeira filha da união entre a costureira Emerentina Bento da Silva e José da Silva Lara. Paralelamente ao trabalho, ambos tinham intensa vida musical: ele era violonista de sete cordas e desfilava no Bloco dos Africanos; ela era ótima cantora e emprestava sua voz de soprano a ranchos carnavalescos tradicionais do Rio de Janeiro, como o Flor do Abacate e o Ameno Resedá – nos quais Seu José também se apresentava. Formada em Enfermagem, com especialização em Terapia Ocupacional, foi assistente social até se aposentar em 1977. Nesta função trabalhou em hospitais psiquátricos, onde conheceu a dra. Nise da Silveira.
Com a morte do pai aos três anos de idade, e da mãe aos doze, foi criada pelos tios e com eles aprendeu a tocar cavaquinho e a ouvir samba, ao lado do primo Mestre Fuleiro; teve aulas de canto com Lucília Villa-Lobos e recebeu elogios do marido desta, o maestro Villa-Lobos.
Casou-se aos 25 anos de idade com Oscar Costa, filho de Afredo Costa, presidente da escola de samba Prazer da Serrinha, com quem teve dois filhos, Alfredo e Odir. Foi no Prazer da Serrinha onde conheceu alguns compositores que viriam a ser seus parceiros em algumas composições, como Mano Décio da Viola e Silas de Oliveira.
Compôs o samba Nasci para sofrer, que se tornou o hino da escola. Com a fundação do Império Serrano, em 1947, passou a desfilar na ala das baianas. E também Compôs o samba Não me perguntes, mas a consagração veio em 1965, com Os cinco bailes da história do Rio quando tornou-se a primeira mulher a fazer parte da ala de compositores de escola de samba.
Em 1975 depois de seu filho Odir sofrer um acidente de carro, com o susto seu marido Oscar Costa, teve um enfarte fulminante e faleceu. Apesar de seu marido nunca ter nada contra sua carreira, ele não gostava das rodas de samba.
Aposentada em 1977, passou a dedicar-se exclusivamente à carreira artística. Entre os intérpretes que gravaram suas composições destacam-se Clara Nunes, Roberto Ribeiro, Maria Bethânia, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Paula Toller, Paulinho da Viola, Beth Carvalho, Mariene de Castro, Roberta Sá, Marisa Monte e Dorina. Não basta chama-la apenas de Ivone Lara, o respeito e a adimiração que impôs a MPB o transformaram em DONA Ivone Lara.


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