sexta-feira, 8 de abril de 2016

Crônica - Existência e consciência - Manoel Messias Pereira

   

Existência e Consciência


Meu olhar, meus pensamentos, minhas leituras cotidianas, ilustram meus conhecimentos e meus desconhecimentos.

Sou um ser a procura da permanente reflexão. Olhar, pensar, escrever, graças ao tempo vivido, as experiências alcançadas e a minha escrita que floresce.

Um florescimento que nasce da minha respiração. E essa respiração é minha vida até que um dia o ar, talvez puder faltar. Enquanto isto preencho a minha vida de sentidos, de ternuras, de paixões, de ousadias. Escrever é uma doce interpretação dos signos e seus significados. É entender os desenhos, os rabiscos, os manuscritos, os desenhos geométricos. Entender, e trabalhar de forma primitiva e com perseverança o escrever ou comunicar-se graficamente.

Noto o meu mundo e tenho a convicção que o atual sistema social, econômico e, político, vive num pleno desmoronamento. Mas sei que este olhar talvez seja um só fragmento desta sociedade plural e de plena diversidade. Mas talvez para outro indivíduo o que penso é um recorte sem importância, e creio que o que enxergo talvez seja o desvio de outro olhar. Todos nós somos portadores contundentes de direitos e estudos e cremos individualmente que somos e sempre estamos certos nas nossas convicções humanas.

A minha discordância é quando um desses olhares vê um montante de valores, de quesitos sociais e econômicos, que apenas beneficie a si, com o econômico, com o exclusivismo. E tem o desprezo aos olhares coletivo.

A ideia de olhares é a busca do sentido. E esse sentido parte do seguinte objeto de estudo: a) Se todas as pessoas que pensam numa sociedade coletiva, numa democracia diretas podem ser tidas como desprezíveis. Creio que a inspiração de sua existência é algo não recomendável. Pois alicerça-se de tristezas expostas coletivamente, são dores apalpáveis de toda uma sociedade. E essa defesa do status- quos é o desmoronamento do sistema, em plena queda livre.

Já o fragmento de quem crê, na liberdade coletiva. Plenamente em cartaz em meu coração, no meu íntimo. É a ideia da felicidade que defendo com uma bandeira vermelha, cor da paixão e muitas vezes essa bandeira tem sinais da luta de classe, desenhos de esperanças, onde cruza-se ferramentas de trabalhos como se a vida fosse sim um ponto de encontro entre os que constroem as riquezas e muitas vezes não utilizam as mesma para as suas vidas, pois os donos dos meios de produção são de outra classe social, são inimigos na trincheira da existência humana. É o inimigo que não se elimina, pois o trabalhador é a galinha dos ovos de ouro do patrão. E são esses trabalhadores que devem unir-se em solidariedade a outro trabalhador, que devem dar suas mãos, tocando-as em confianças e camaradagens, no respeito da existência, na compreensão das diferenças, colocando todos e todas num mesmo sonho de Amor.

O amor é apenas um dos instrumentos pra sonhar juntos, pensar juntos e desviar o mundo, o país, o Estado a cidade, da queda do desmoronamento e levar todos para a restauração das consciências, e assim talvez salvar o sistema. Talvez.



Manoel Messias Pereira

cronista, professor, poeta
membro da Academia de Letras do Brasil - ALB
São José do Rio Preto -SP. Brasil





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