Agência da ONU condena demolições de residências de beduínos palestinos na Cisjordânia
Demolições de cinco estruturas residenciais na quarta-feira (6) deixaram 26 palestinos sem casa, entre eles, 17 crianças. Remoções forçariam transferência de populações para outras regiões.

Na área C da Cisjordânia, existem cerca de 50 comunidades de palestinos beduínos em risco de serem forçadamente transferidas para outras localidades pelas autoridades de Israel. Foto: UNRWA
De acordo com a UNRWA, o grupo de desalojados foi informado por oficiais da Administração Civil Israelense (ICA), responsáveis pelas demolições, de que deveria se mudar para Al Jabal, região mais distante de Jerusalém Oriental. Al Jabal é um dos três locais de realocação, definidos por Israel, das 50 comunidades de palestinos beduínos existentes na Área C. Segundo a agência da ONU, essas comunidades já haviam se recusado a serem transferidas, enfrentando, desde então, ameaças diárias de terem suas residências destruídas.
Abu Nwar, por exemplo, abriga mais de 7 mil habitantes, a maioria composta por refugiados da Palestina. “As consequências humanitárias dessa destruição de propriedade são graves e eu estou seriamente preocupado, particularmente quanto às crianças, que estão agora sem casa”, afirmou o diretor de Operações da Cisjordânia da UNRWA, Felipe Sanchez. “Eu condeno essas demolições e reitero meu pedido por respeito à decisão dos beduínos de permanecer onde eles estão”.
O representante da agência lembrou que o direito internacional proíbe Israel de destruir propriedades privadas e de forçar remoções de populações para outras regiões. Segundo Sanchez, as demolições acentuam um ambiente já coercivo na região. “Eu apelo às autoridades israelenses para que suspendam todos os planos e práticas que levam, direta ou indiretamente, à transferência forçada dos beduínos”, disse.
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