segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Poesia - Círculo Profano - Manoel Messias Pereira


Circulo Profano

sempre pensei
na literatura
na escritura
no que há
de emocionante
na ordem secular
na proximidade
da morte
e no silêncio
das coisas,
aprendi
que viver
é arte pela
arte
é promover sempre
a celebração confusa
de estar tragicamente
tentando respirar
alerta, constantemente
em alerta,
como performance
permanente
pra sustentar
este círculo fechado
que é restabelecer
a fé em qualquer
domínio.
Penso que há um criador
no divã, comendo
e roendo as unhas
sem ter Freud
pra psicanalise
e assim é o mundo
em pleno incêndio.



Manoel Messias Pereira

poeta
São José do Rio Preto - SP

Nenhum comentário:

Postar um comentário