AMOR
Amor - é mal que as vezes mata a gente,
outras vezes alenta com ternura;
é chama crepitante aonde a creatura
deseja se abrazar constantemente.
É dor que se sentindo, se não sente,
pranto e riso - ventura e desenventura;
e no peito occulta toda a tortura;
cahir do Bello ao Abysmo, de repente.
É o céo de Aspasia pontilhado a flores,
de Dante o inferno recalcado em dores
delicias e cilicios contrastando.
Amor é tudo! É doce e tem veneno:
- é quem me faz sofrer desde pequeno
- é quem me faz morrer, vida me dando.
Olympio Higino
texto publicado no "O Compponedor" em junho de 1909, na página 4.
(Texto-original) Grafia da época.
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